quinta-feira, 26 de julho de 2018

O DNA do Personagem

Que o Lucas se valeu dos conhecimentos do Campbell para criar Starwars, não é novidade. Que Vogler revolucionou os estúdios Disney com a sua Jornada, também não. E, se voltarmos no tempo, veremos Shakespeare, Dostoiévski, Clarice Lispector, etc bebendo na inesgotável fonte da Mitologia. Ou, dos Arquétipos.
Porque Arquétipos não são uma questão de escolha, eles simplesmente existem, são o nosso DNA. Alguns elementos são mais protagonistas que outros, e isso vale para a química, para a física, para tudo. Cenoura, por exemplo, é rica em fósforo. Quando a gente está carente dele, fica sem o start, fica lento.
Tudo tem relação. 
O jogo de xadrez tem os mesmos elementos: um rei e uma rainha de cada lado e assim vai. O jogador, no caso, irá outorgar para aquele rei ou rainha a sua expertise.
Os Arquétipos são basicamente 12, mas a forma como eles se movimentam e a qualidade específica de cada um é que faz a diferença.  
Marlon Brando era ariano, de Marte, de Ogun, guerreiro, vermelho. E que bem que ele ficou no Selvagem da Motocicleta e no Bonde chamado desejo, não?
Al Pacino é taurino e Michael Corleone também.
Ah, mas você não está confundindo personagem com ator?
Não, bobinho, leia acima. Tudo se relaciona,
Todos os envolvidos com a Ópera Carmen, de Mallarmé a Gades, todos têm a marca de Escorpião cravados em seu DNA.
Arquétipos são uma estrutura significativa. Variam conforme época, local. Mas mantêm a sua essência.
Se pensarmos em deuses, Yansã é Pallas Athena, guardadas as devidas diferenças. Yansã tem paixão e veste vermelho. Pallas é casta e veste branco. Uma grega, a outra, africana.
Todos com qualidades e defeitos. A propósito, por falar em religião, e nunca confunda esse conhecimento com religião, nunca faça a besteira de achar que Astrologia é religião, digo, esse conhecimento se manteve apesar de inquisições de todos os tipos justamente porque virou jogos, como o das cartas (tarot ou não), como o já mencionado xadrez.
E o fato de ter qualidades e defeitos é o que encanta nos Arquétipos. As três grandes religiões monoteístas têm o certo e o errado, e não essa multiplicidade toda de erros e acertos.
E como tudo, esse conhecimento, acredito, se manteve, exatamente por isso, por conta dessa flexibilidade na sua natureza.
Então, pequeno gafanhoto, a primeira lição na construção do seu Personagem é: não julgareis!















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